sexta-feira, 16 de julho de 2010

História: São Francisco de Paula, Padroeiro de Alumínio(2 de Abril).

Dentre os santos com o nome de Francisco, destaca-se pelo espírito de penitência o eremita São Francisco de Paula. Nascido em 1416 em Paula na Calábria recebeu este nome devido ao grande amor dos pais para com São Francisco de Assis. Este certa vez intercedeu junto ao Cristo pela cura da visão de São Francisco de Paula.

Consagrado a São Francisco de Assis, passou em sinal de louvor, São Francisco de Paula ainda como criança um tempo num convento franciscano; e ao sair acompanhou os pais em peregrinação a Roma.

Outro passo decidido pela vontade de Deus, Francisco deu ao se retirar, ainda jovem, para uma experiência de vida eremita.

Com base de duras renitências, oração sem cessar, e alimentação feita com raízes e frutas, Francisco dava largos passos rumo à santidade e muitas pessoas descobriram – no para conselhos espirituais e outras para viverem a mesma vida de eremita. Desta forma nasceu a Ordem dos Eremitas de São Francisco de Paula que possuía o lema: “Caridade” e grande amor para o apostolado. São Francisco de Paula vivia comprometido com Deus e com o próximo, por isto certa vez enfrentou o rei de Nápoles, para denunciar sua opressão para com o povo simples. Deixando a Itália por obediência ao Papa foi para a França, onde fez acontecer novas congregações, isto até entrar no Céu em 02 de Abril de 1505.


Origem da imagem de São Francisco de Paula em Alumínio

Como a imagem de São Francisco de Paula veio parar em Alumínio temos a hipótese de que a família do Conselho Franciscano de Paula Mayrink, todos muito devotos do Santo, tanto assim que o fundador de Mairinque tinha o nome dele, trouxe a imagem para ser o padroeiro de Rodovalho. Nessa época Rodovalho pertencia ao município de Mairinque. Como em Mairinque já havia padroeiro que é São José trouxeram-no para uma capelinha que ficava no bairro da Capuava e, depois que foi construída a Igreja(hoje capela na CBA) levaram a imagem para lá. Ficando assim São Francisco de Paula – Padroeiro de Alumínio.
Colaborou: Izolina Abrão de Toledo.

MATERIAS REFERENTES À CIDADE DE ALUMÍNIO

Alumínio festeja 4° aniversário de elevação à Distrito.

Pela Lei Estadual N° 2.343, de 14 de maio de 1980, aprovada pela Assembléia Estadual e Promulgada pelo governador Paulo Salim Maluf, Alumínio foi elevado a categoria de Distrito de Mairinque.
A reportagem de O Democrata, procurou ouvir o combativo vereador Prof° José Bento, que a quatro legislatura consecutivas, portanto há 12 anos, representava de forma dinâmica e construtiva Alumínio no legislativo de Mairinque sobre o 4° aniversário da elevação de Alumínio Distrito, tendo o mesmo assim comentado: “ Com estes quatro anos, o Distrito de Alumínio consegue seu principal objetivo exigido por Lei para lutar pela Emancipação Política – Administrativa. A elevação de Alumínio para Distrito se deu baseado no Art. 14 da Constituição Federal e no Art. 100 da Constituição Estadual, e com estes esclarecimentos necessários se faz dissolver várias dúvidas de comentários e reportagens anteriormente feitas, no sentido de que a elevação de Alumínio a categoria de Distrito, não foi correta, pois segundo se conhecia, exigia-se um plebiscito e isto não tinha sido feito, etc... etc... O que ocorreu foi o fato de que na Lei Orgânica dos Municípios, o artigo que previa o plebiscito, a redação não havia sido alterada, , o que fatalmente não está mais sendo considerada uma vez que contentes com a data 14 de maio, pois ela significa mais uma expressiva conquista da família aluminense. Parabéns a autoridades constituídas de direito e as de fato, bem como as personalidades alumineses que desde 1972 lutaram para que esse evento se tornasse realidade”, concluiu eufórico nosso entrevistado.

Jornal O Democrata – 12/05/1984.

Dados Sobre a Cidade de Alumínio.

Localização e população

O município localiza-se na região sudeste do estado de São Paulo ao km 74 da Rodovia Raposo Tavares, latitude 23°32’06” Sul e longitude 47°15’43” Oeste. Tem, segundo o censo de 2007, 15.624 habitantes e extensão territorial de 87km². O número de eleitores gira em torno de 12.000.
Distâncias das principais cidades brasileiras: São Paulo – 74 km; Sorocaba – 25 km; Santos – 147 km; Campinas – 172 km; Rio de Janeiro – 510 km; Belo Horizonte – 660 km; Curitiba – 483 km; Porto Alegre – 1200 km. Principal acesso: Rodovia Raposo Tavares. O Código Postal é o 18.125-000.


Geografia e Clima

Cidade de clima ameno, temperatura média entre 20° e 30°, altitude do centro na média dos 790m do nível do mar. Topografia montanhosa e é cortada pelo rio Pirajibu e córregos Varjão e do Bugre.

Saúde

• Do município:

Pronto Atendimento. Rua: Jardim Olidel 300 – Jardim Olidel. Fone: 4715-7009/7166.
Centro Odontológico: (mesmo local do PA).
Centro de Saúde: Rua Paulo Dias 412 – Vila Paulo Dias. Fone: 4715-1007/1344.
Posto de Saúde: Estrada Jaziel Ferreira do Prado – Bairro do Itararé.

• Clínicas médicas particulares:

Mediplan Assistência: Atendimentos particulares e conveniados. Rua Moraes do Rego 68 – Vila Industrial. Fone: 4715-1242/2148.
Clínica Alumínio: Rua José Cerione, 111. Fone: 4715-2432.
Clínica Santana: Odontologia, acupuntura, reiki. Rua Hamilton Moratti, 155. Fone: 4715-2110.

Espaços culturais existentes no município

Escola de Música “ Enoque Silva”, que tem hoje 585 alunos entre canto, coral, balé, banda, violino, violão, piano, teclado, bateria, saxofone, teoria musical e flauta.
Biblioteca Municipal “Antonio Pereira Ignácio” acervo de 16.000 volumes, aproximadamente 4.000 sócios e recebe, em média, entre 150 e 200 pessoas/dia.
Coreto e Auditório com 120 lugares, localizados na Praça João de Castro Figueirôa.

Indústria e comércio


Alumínio é uma cidade eminentemente industrial. Possui 815 estabelecimentos comerciais (entre prestação de serviços e comercialização de produtos)

Empresas no município: Companhia Brasileira de Alumínio(particular); Pólo Industrial Municipal: empresas Paladoro Premium Food, La Rioja e Ice Pack. Pólo Industrial Condomínio SEAP(particular) empresas: Blontex – artefatos de látex, outras diversas.
Infra-estrutura nos locais: Água, luz, asfalto e rede telefônica. Ficam próximos a Rodovia Raposo Tavares(2,5 km) e Rodovia Castello Branco (acesso via São Roque – 14 km).
Ponto de referência Nacional e Internacional: Companhia Brasileira de Alumínio(CBA). Diretor proprietário: Dr. Antônio Ermírio de Moraes.


Agências e Postos Bancários


Banco Brasileiro de Descontos S.A(Bradesco) Avenida Paula Souza, 51 – Vila Industrial.
Banco Estadual Nossa Caixa. Avenida Antonio Castro Figueirôa S/N – Vila Santa Luzia (ao lado da prefeitura).
Banco do Brasil. Praça João Pereira de castro Figueirôa - Vila Industrial.
Banco Real: Rua Moraes do Rego. Vila Industrial.

Administração

Compõem a 4º legislatura os seguintes vereadores: Geraldo de Oliveira Campos (PSDB), Geraldo Gomes de Paula (DEM), Jediel Hosana de Carvalho (PSB), José Luiz da Rocha (PSDB), Paulo Simões (DEM), Raimundo Azevedo Ferreira (PTB), Jaime Henrique Duarte (PTB), Cícero Luis de Oliveira (DEM), Esmeraldo Martins Barbosa(PSB). Atual Prefeito e Vice: José Aparecida Tisêo (DEM) – Prefeito e Ancelmo Carlos Ramos dos Santos (PSDB) – vice (3° administração).
Número de administrações:
1ª José Aparecida Tisêo (1993/1996)
2ªJosé Henrique Mora Duarte (1997/2000)
3ª José Aparecida Tisêo (2001/2004)
4ª José Aparecida Tisêo (2005/2008)

Origem do nome da cidade (breve resumo de sua história)

Alumínio deve sua fundação, a um homem chamado coronel Antonio Proost Rodovalho, filho de Antonio Joaquim Tavares Rodovalho e de dona Henriqueta Proost Rodovalho. Nascido em São Paulo dia 27 de janeiro de 1838, foi homem empreendedor, progressista e grande comerciante. Ele foi um dos fundadores do Banco Comercial de São Paulo; presidente da Caixa Econômica; acionista da Companhia Ituana em 1886; fundador da primeira fábrica de papel do Brasil, em Caieiras. Em 1887, funda em são Paulo a primeira fábrica de fósforo.

Em 1888, no dia 06 de junho, o cel. Rodovalho adquiriu as terras do Dr. Eusébio Stevaux, hoje Pantojo, recebendo o nome de fazenda Santos Antonio. No local existiam jazidas de mármore, pedras calcárias, pedra de cimento e granito, onde se iniciou a fabricação de cal e cimento. Em 1892, foi construída a fábrica de cimento Rodovalho. A grande chaminé que existe até hoje dentro da CBA foi construída pelos irmãos Elias Matulho. Nessa época, a Estrada de Ferro Sorocabana construiu a estação ferroviária, inaugurada em 10 de julho de 1895, e recebeu o nome de Rodovalho.

Em 1921, Antonio Pereira Ignácio comprou as terras e indústrias e, em 1935, construiu a fábrica de cimento Votoram, em Votorantim. Pode-se dizer que o cimento Votoram nasceu do cimento Rodovalho, a primeira fábrica do país.

Em Rodovalho ficaram as pequenas indústrias como a de cal, olarias, pedreiras e exploração de lenha, feitas até hoje.

Alumínio já produziu vidro, cal, cimento, sulfato de alumínio, ácido sulfúrico, tijolos refratários, reflorestamentos de eucalipto e, finalmente, alumínio. O município de Alumínio, desde a sua fundação até os dias atuais, é uma cidade industrial que gerou empregos e impostos para os municípios vizinhos, principalmente São Roque e Mairinque. Hoje deixa seus impostos no próprio município.

Com a instalação da CBA, dia 25 de setembro de 1946, a estação ferroviária Rodovalho passou a se chamar Alumínio. No dia 05 de junho e 1955 é inaugurada oficialmente a fábrica da Companhia Brasileira de Alumínio, hoje com 58 anos produz 475 mil toneladas de alumínio primário por ano e tem cerca de 6.000 colaboradores entre diretos e indiretos. No dia 14 de março de 1980, Alumínio tornou-se distrito da cidade de Mairinque e em 30 de dezembro de 1991, o governador Antonio Fleury Filho, sancionou a lei de emancipação político-administrativa de Alumínio(há 17 anos).
Alumínio comemora seu aniversário no dia 02 de abril, data comemorativa do Padroeiro da cidade, São Francisco de Paula. O aniversário passou a ser comemorado em 02/04/1993, sendo, que, neste ano de 2008 é comemorado seu 15º aniversário.

HISTÓRICO DE ALUMÍNIO

BASEADOS EM DADOS FORNECIDOS POR: ANTONIO FRANCISCO GASPAR, DO INSTITUTO HISTORICO-GEOGRAFICO E GENEALOGICO DE SOROCABA.

Luiz Matues Mailasky, por ocasião do inicio e fundação da Companhia Sorocabana de Estrada de Ferro, que passou a ser FEPASA e, atualmente, FERROBAN designou dois engenheiros para os primeiro estudos das explorações preliminares, cujos nomes foram: Dr. Clemente de Novelleto Sptzler e Dr. Eusébio Stewaux. Decidiu-se dividir em setores, e o Dr. Clemente exploraria os terrenos entre São Paulo e São Roque, e o Dr. Stewaux entre São Roque e Sorocaba.

Durante as explorações feitas pelo eng° Stewaux, foram descobertas em vários trechos, terras que apresentavam diferentes tipos e dentre elas descobriu que nas proximidades do município de São Roque, havia pedra calcária, pedra de pavimentação, pedra para o fabrico de cimento e jazidas de mármore branco e de diversas cores. Verificou que esses terrenos pertenciam ao sítio do Sr. Manoel Pereira de Morais e situava-se nas proximidades onde deveria passar a Estrada de Ferro, hoje Pantojo. O Dr. Stewaux, estabeleceu negociação e comprou o sítio por 18 contos de réis, e o Sr. Manoel Pereira de Moraes, tão logo que vendeu o sítio, mudou-se com toda a família para Itapetininga e o ex-proprietário “Nho Nico Pereira” se tornou na nova cidade que residiu em tronco de larga progênie que até hoje ocupa de relevo naquela cidade.

Adquirido o Sítio de Pantojo, o Dr. Stewaux estabeleceu nele belíssima fazenda e tratou logo de explorar os grandes recursos minerais que o fértil solo da fazenda possuía, como as inesgitáveis pedreiras de cal e de jazidas de belíssimos mármores. Montou fornos para o fabrico de cal hidráulico, extraia mármore branco para confecção de túmulos e para ornamentação, sendo que para São Roque, o chafariz público que existiu no centro do largo da matriz, era adornado por mármore enviado pelo Dr. Stewaux; verificando que necessitava de um transporte interno pelas suas propriedades, trçou estudos e construiu uma linha férrea interna de 12 quilômetros aproximadamente, (dentro de suas propriedade) e a desenvolveu de tal modo que segundo comentava-se o Conselheiro Francisco de Paula Mairink, chegara a oferecer pela propriedade mil contos de réis, uma fortuna naquela época porém, sendo enjeitado tal proposta pelo Dr. Stewaux. O Dr. Eusébio Stewaux ganhou renome com seu estabelecimento calcário prestando ao município de São Roque relevantes serviços. Naquela época um homem surgiu, o Cel. Antonio Proost Rodovalho para também entrar na história, pois, tomando conehcimento do solo fértil nas proximidades de São Roque, isto em 1888, adquiriu terras nas proximidades das que pertenciam ao Dr. Stewaux, cujas terras denominou fazenda Santo Antonio. É a este homem que devemos a fundação de Alumínio, pois, se coube ao Dr. Stewaux, a exploração do solo e o impulso que deu ao município de São Roque, coube ao Cel. Rodovalho dar continuidade e renome ao município.

Alguns dados sobre o Cel. Antonio Proost Rodovalho, homem de grande riqueza e de prósperos negócios.

O Cel. Antonio Proost Rodovalho, filho do Capitão Antonio Joaquim Tavares Rodovalho e da Dona Henriqueta Proost Rodovalho, nasceu em São Paulo (capital) no dia 27 de Janeiro de 1838. Na idade adulta, o Cel. Antonio Proost Rodovalho foi grande comerciante em empreendedor progressista, sendo naquela época Diretor e um dos fundadores do Banco Comercial de São Paulo.
Foi o presidente e instalador da Caixa Econômica, foi Presidente da firma Monte de Socorro, foi acionista da Companhia Ituana, em 1886, fundador e proprietário da 1ª fábrica de papel no Brasil, fábrica esta que instalou na sua fazenda em Caieiras. Em 1887, o Cel. Antonio Proost Rodovalho funda em São Paulo, no bairro de Vila Mariana a 1ª fábrica de fósforo. Por essas iniciativas o Cel. Rodovalho recebeu o premio do governo pelos primeiros produtos que São Paulo conhecia, naquela época. O Cel. Rodovalho foi o homem que movia tudo isso, pois, era dono de uma grande atividadee tino em seus negócios. E, a esses homens de raciocínio, como foi o Cel. Rodovalho, é preciso que rendamos homenagens, pois eles, em vez de se concentrarem dentro da riqueza adquirida e do capital acumulado jogam um e outro, dependendo da sorte das grandes empresas, desenvolvendo as industrias, fecundando o trabalho, incrementando a riqueza nacional e espargindo em torno de si, a felicidade e o júbilo que se completa nos rostos másculos e viris de milhares de operários. Há, incontestavelmente muito patriotismo e muito mérito e louvor e admirar em homens semelhantes ao referir-se ao Cel. Antonio Proost Rodovalho.

Vejamos agora o que aconteceu em 1888, com referencia atual, alumínio, isto no dia 06 de Junho, porém esta data não é confirmada apenas existiu anotações.

O Cel. Rodovalho conhecedor do solo fértil em material calcário adquiriu terras no município de São Roque, próximo as terras do Dr. Eusébio Stewaux, recebendo o nome de Fazenda Santo Antonio, e nessa fazenda surgia a 1ª iniciativa para fabricação de aglomerantes hidráulicos e tomou as primeiras providencias para a instalação de uma fábrica dentro da fazenda. O terreno em que foi edificado o prédio, abrangia cerca de 336 alqueires. Em 1892 estava sendo acabada a construção do edifício de cimento “Rodovalho” de propriedade do Cel. Antonio Proost Rodovalho. Esse edifício foi construído pelo Eng° Francisco Batista de Aguiar.
A elegante chaminé em estilo oitavado foi erguido pelos pedreiros, irmãos Elias Matiello e as demais dependências por outros pedreiros de renome naquela época. Chagaram as maquinarias e tão logo foram montadas bem como caldeiras e fornos, a fábrica começou logo a produzir cimento. Esse cimento, ora acondicionado em barricas, iguais as barricas de cimento Portland, importado de Hamburgo, Inglaterra.

Com a instalação da Estrada de Ferro Sorocabana (antes FEPASSA e hoje FERROBAN) surgiu as necessidades das paradas de trem na Fazenda Santo Antonio e eis que surge a construção do prédio da estação, e o pedreiro José Gabriotti, foi o construtor, e em 10 de julho de 1895, é aberto o tráfego recebendo o nome de Rodovalho em homenagem ao Cel. Antonio Proost Rodovalho. Nessa oportunidade foi nomeado o primeiro chefe da estação de Rodovalho e a indicação era de um homem quem tinha muito prestigio na estrada de ferro, foi o Sr. Avelino Rocha, dado a este o previlegio de ser o primeiro chefe da Estação Rodovalho, posteriormente transferindo-se para a localidade com seus familiares, vivendo por muitos anos, e residindo em Rodovalho como ficou denominado a localidade, colaborando para o progresso e crescimento da população que já se fazia sentir. Em 1900, concentrado o Sr. Luiz Boggiani a fabricação do cimento da indústria, e a firma passou a girar com o nome de Armando Rosa Rodovalho & Cia. O produto (cimento) era acondicionado em barricas forradas com papel impermeável. Na tampa da barrica era colocado um emblema onde estampava um peixe e os dizeres “Cimento Rodovalho”.

Em 1921, a fábrica fechou e Antonio Pereira Ignácio comprou o edifício com os seus pertences e os terrenos; e continuou a fabricar cimento, cuja produção abasteceu os nossos mercados durante a guerra européia.

Como a indústria do cimento dava bons resultados Pereira Ignácio, resolveu em 1935 construir uma grande fábrica de cimento no bairro Santa Helena em Votorantim e fixando o nome de “Cimento Votoran”e em 1936 foi o ano em que inaugurou a referida fábrica.

Começou a funcionar a nova fábrica de cimento de Pereira Ignácio, em Rodovalho, ficou somente, as pequenas industrias que já tinha no local tais como: Cal Hidráulica, Olarias, Extração de Pedras e a Exploração de lenha para acudir as imperiosas necessidades das empresas tendo merecido o carinho da Administração de Antonio Pereira Ignácio. Em 25 de setembro de 1946, com ordem da Administração da Estrada de Ferro Sorocabana, a estação de Rodovalho, foi mudada para Alumínio, pois a Sociedade Anônima Votorantim fundava, na localidade a fábrica de alumínio, e devido à esse fato, (exploração de minério da bauxita e alumínio), a estação e a localidade desde o ano que a usina iniciou suas atividade com o nome Companhia Brasileira de Alumínio, passou a chamar-se Alumínio, apesar que em fevereiro de 1952 a estação ferroviária por questões desconhecidas foi mudada de nome e em vez de “Alumínio” passou a ser: “Pereira Ignácio”, porém poucos meses depois voltou a atual denominação isto é: ALUMÍNIO.

DATAS:

27 de janeiro de 1838 – nascimento de Cel. Rodovalho;
06 de junho de 1888 – Cel. Rodovalho adquiriu estas terras;
10 de junho de 1895 – inauguração da estação ferroviária;
25 de setembro de 1946 – mudança do nome de Bairro Rodovalho para Alumínio.

Histórico de Alumínio (II)

Conta nosso colaborador Wilson do Carmo Ribeiro, que no final da década de 50, o então Bairro de Alumínio contava apenas com a Vila Industrial, bem menor do que a atual e a Vila Paulo Dias. Entre os dois núcleos havia apenas mato e uma estradinha de terra a ligá-las.

A família Cerioni, que sempre se destacou pela atividade comercial na comunidade, possuía dois pomares entre as duas vilas: um que margeava a estrada, constituído por laranjeiras e outro formado por pereiras e que ficava entre a atual Rua José Cerioni e a parte mais nova da Vila Santa Luzia. Alguns anos mais tarde surgiu a Vila Santa Luzia entre as duas já existentes, a qual veio a se constituir no centro comercial da comunidade.

Próximo da Vila Paulo Dias não existia nada, a não ser o posto de pedágio na Rodovia Raposo Tavares, onde hoje fica o trevo da entrada da Vila do mesmo nome. É por isso que a vila se chama pedágio. Anteriormente aquela parte de Alumínio era conhecida como “quebra-pau”, por motivos ignorados até hoje.

Onde hoje fica a vila Paraíso existia apenas uma granja e apiário, que se chamava Paraíso e deu origem ao nome da vila. O Jardim Progresso surgiu como “ Ped ginho” e hoje é uma progressista bela vila no extremo oeste do Distrito.

O Jardim Olidel surgiu já na década de setenta, resultado de um loteamento mais ao alto, á direita da Rodovia Raposo Tavares, sentido capital-interior e hoje é bastante populoso.

Alumínio sempre se fez presente na política municipal, até mesmo quando pertencia a ao Município de São Roque. Assim é que Abel Souto, Paulo Dias, Benedito de Souza Filho, Eno Lippi, João Martins e o atual vice prefeito, José Aparecido Tisêo sempre estiveram presentes à caminhada do povo aluminense em direção a sua emancipação político-administrativa.

Na Câmara Municipal, Alumínio sempre se fez ouvir através de seus representantes como José Cerioni, João Loureiro Miranda, Orlando Silva, José Bento dos Santos, Mário Miranda do Amaral, José Netto do Prado, Hélio Wanderley Neto, José Aparecido Tisêo, Maurell Miller, Zacarias Calixto Tobias, Geraldo Xavier de Lima e os atuais edis Jaime Henrique Duarte (presidente da Câmara), Vitor Lippi, Luiz Gonzaga Tisêo, Jairo Antunes dos Santos e Wilson do Carmo Ribeiro.

HISTÓRIA DE ALUMÍNIO - ALUMÍNIO JÁ SE CHAMOU “ANTÔNIO PEREIRA IGNÁCIO”

A Estação Rodovalho, entre Pantojo, Pirajibú, Inhaíba, na Estrada de Ferro Sorocabana – E.F.S., vinha ostentando esse nome desde tempos remotos (05/06/1895) por pertencer ao Comendador Rodovalho as terras e a antiga fábrica de cimento, cal e vidros.

O Comendador Pereira Ignácio, adquiriu um 1921 as terras e as fábricas desde o Pantojo, Rodovalho, Inhaíba até Sorocaba e em 1936 transferiu a fábrica de cimento para Votorantim, dando o nome de Cimento Votoran. Em 1941 a Sociedade Anônima Votorantim, da qual “Pereira Ignácio” fazia parte, juntamente com seu genro Eng° José Ermírio de Moraes fundou a C.B.A., a qual foi inaugurada em 04/06/1955 pelo presidente Café Filho.

O português Antônio Pereira Ignácio, nasceu em 29 de março de 1874 e faleceu em 14/12/1951, é um dos mais importantes industriais da América do Sul, além de grande empreendedor era um grande homem digno de ações nobre e beneficente. Instalou máquinas de descaroçar algodão em Boituva, fábrica de óleos em Sorocaba, fábrica de tecidos em Votorantim, fábrica de cimento, fábrica de papel, estrada de ferro entre Sorocaba-Votorantim. Fundou a Usina Elétrica da Cachoeira da Fumaça e em 1933 fornecia luz elétrica gratuitamente para a Estação Rodovalho, fundou a Empresa Telefônica Sul Paulista. Além do Título de Comendador dado pelo governo de Portugal, em 1936 recebeu do governo federal a Comanda da Ordem do Cruzeiro do Sul.

“ESTAÇÃO PEREIRA IGNÁCIO”

No dia 24 de abril de 1951, o então ilustre sorocabano deputado estadual Dr. Gualberto Moreira apresentou na Assembléia Legislativa o Projeto de Lei que denominava a estação ferroviária com o nome de “Estação Pereira Ignácio” que se chamava Alumínio e anteriormente Rodovalho.

Justificativa – Sugerimos, em homenagem ao grande batalhador das industrias sorocabanas e paulista o nome de “Comendador Pereira Ignácio”, que é um nome glorioso e vitorioso à Estação localizada que a ele tanto deve. Em 29 de fevereiro de 1952, a Assembléia Legislativa aprovou o projeto a qual foi promulgada pelo Governo de São Paulo. Porém essa denominação durou pouco tempo e prevaleceu o nome Estação Alumínio. No jornal “Diário de São Paulo” de 27 de março de 1934, o ilustre escritor e uma das figuras intelectuais do Brasil escreveu “Se eu fosse prefeito ou governador do Estado, mandava distribuir nas redes de ensino, a biografia do Comendador Pereira Ignácio, esse imigrante português é um orgulho para nós paulistas”. Frase que Pereira Ignácio costumava usar: “...Eu fui sapateiro, batalhei muito e fui sempre comedido e sóbrio”.

Matéria extraída do livro “Sorocaba de Ontem”, de Antonio Francisco Gaspar. Gentileza da Professora Nanci de Gregóris.

Benedito Dias – Fotógrafo e pesquisador de histórias.