sexta-feira, 16 de julho de 2010

HISTÓRICO DE ALUMÍNIO

BASEADOS EM DADOS FORNECIDOS POR: ANTONIO FRANCISCO GASPAR, DO INSTITUTO HISTORICO-GEOGRAFICO E GENEALOGICO DE SOROCABA.

Luiz Matues Mailasky, por ocasião do inicio e fundação da Companhia Sorocabana de Estrada de Ferro, que passou a ser FEPASA e, atualmente, FERROBAN designou dois engenheiros para os primeiro estudos das explorações preliminares, cujos nomes foram: Dr. Clemente de Novelleto Sptzler e Dr. Eusébio Stewaux. Decidiu-se dividir em setores, e o Dr. Clemente exploraria os terrenos entre São Paulo e São Roque, e o Dr. Stewaux entre São Roque e Sorocaba.

Durante as explorações feitas pelo eng° Stewaux, foram descobertas em vários trechos, terras que apresentavam diferentes tipos e dentre elas descobriu que nas proximidades do município de São Roque, havia pedra calcária, pedra de pavimentação, pedra para o fabrico de cimento e jazidas de mármore branco e de diversas cores. Verificou que esses terrenos pertenciam ao sítio do Sr. Manoel Pereira de Morais e situava-se nas proximidades onde deveria passar a Estrada de Ferro, hoje Pantojo. O Dr. Stewaux, estabeleceu negociação e comprou o sítio por 18 contos de réis, e o Sr. Manoel Pereira de Moraes, tão logo que vendeu o sítio, mudou-se com toda a família para Itapetininga e o ex-proprietário “Nho Nico Pereira” se tornou na nova cidade que residiu em tronco de larga progênie que até hoje ocupa de relevo naquela cidade.

Adquirido o Sítio de Pantojo, o Dr. Stewaux estabeleceu nele belíssima fazenda e tratou logo de explorar os grandes recursos minerais que o fértil solo da fazenda possuía, como as inesgitáveis pedreiras de cal e de jazidas de belíssimos mármores. Montou fornos para o fabrico de cal hidráulico, extraia mármore branco para confecção de túmulos e para ornamentação, sendo que para São Roque, o chafariz público que existiu no centro do largo da matriz, era adornado por mármore enviado pelo Dr. Stewaux; verificando que necessitava de um transporte interno pelas suas propriedades, trçou estudos e construiu uma linha férrea interna de 12 quilômetros aproximadamente, (dentro de suas propriedade) e a desenvolveu de tal modo que segundo comentava-se o Conselheiro Francisco de Paula Mairink, chegara a oferecer pela propriedade mil contos de réis, uma fortuna naquela época porém, sendo enjeitado tal proposta pelo Dr. Stewaux. O Dr. Eusébio Stewaux ganhou renome com seu estabelecimento calcário prestando ao município de São Roque relevantes serviços. Naquela época um homem surgiu, o Cel. Antonio Proost Rodovalho para também entrar na história, pois, tomando conehcimento do solo fértil nas proximidades de São Roque, isto em 1888, adquiriu terras nas proximidades das que pertenciam ao Dr. Stewaux, cujas terras denominou fazenda Santo Antonio. É a este homem que devemos a fundação de Alumínio, pois, se coube ao Dr. Stewaux, a exploração do solo e o impulso que deu ao município de São Roque, coube ao Cel. Rodovalho dar continuidade e renome ao município.

Alguns dados sobre o Cel. Antonio Proost Rodovalho, homem de grande riqueza e de prósperos negócios.

O Cel. Antonio Proost Rodovalho, filho do Capitão Antonio Joaquim Tavares Rodovalho e da Dona Henriqueta Proost Rodovalho, nasceu em São Paulo (capital) no dia 27 de Janeiro de 1838. Na idade adulta, o Cel. Antonio Proost Rodovalho foi grande comerciante em empreendedor progressista, sendo naquela época Diretor e um dos fundadores do Banco Comercial de São Paulo.
Foi o presidente e instalador da Caixa Econômica, foi Presidente da firma Monte de Socorro, foi acionista da Companhia Ituana, em 1886, fundador e proprietário da 1ª fábrica de papel no Brasil, fábrica esta que instalou na sua fazenda em Caieiras. Em 1887, o Cel. Antonio Proost Rodovalho funda em São Paulo, no bairro de Vila Mariana a 1ª fábrica de fósforo. Por essas iniciativas o Cel. Rodovalho recebeu o premio do governo pelos primeiros produtos que São Paulo conhecia, naquela época. O Cel. Rodovalho foi o homem que movia tudo isso, pois, era dono de uma grande atividadee tino em seus negócios. E, a esses homens de raciocínio, como foi o Cel. Rodovalho, é preciso que rendamos homenagens, pois eles, em vez de se concentrarem dentro da riqueza adquirida e do capital acumulado jogam um e outro, dependendo da sorte das grandes empresas, desenvolvendo as industrias, fecundando o trabalho, incrementando a riqueza nacional e espargindo em torno de si, a felicidade e o júbilo que se completa nos rostos másculos e viris de milhares de operários. Há, incontestavelmente muito patriotismo e muito mérito e louvor e admirar em homens semelhantes ao referir-se ao Cel. Antonio Proost Rodovalho.

Vejamos agora o que aconteceu em 1888, com referencia atual, alumínio, isto no dia 06 de Junho, porém esta data não é confirmada apenas existiu anotações.

O Cel. Rodovalho conhecedor do solo fértil em material calcário adquiriu terras no município de São Roque, próximo as terras do Dr. Eusébio Stewaux, recebendo o nome de Fazenda Santo Antonio, e nessa fazenda surgia a 1ª iniciativa para fabricação de aglomerantes hidráulicos e tomou as primeiras providencias para a instalação de uma fábrica dentro da fazenda. O terreno em que foi edificado o prédio, abrangia cerca de 336 alqueires. Em 1892 estava sendo acabada a construção do edifício de cimento “Rodovalho” de propriedade do Cel. Antonio Proost Rodovalho. Esse edifício foi construído pelo Eng° Francisco Batista de Aguiar.
A elegante chaminé em estilo oitavado foi erguido pelos pedreiros, irmãos Elias Matiello e as demais dependências por outros pedreiros de renome naquela época. Chagaram as maquinarias e tão logo foram montadas bem como caldeiras e fornos, a fábrica começou logo a produzir cimento. Esse cimento, ora acondicionado em barricas, iguais as barricas de cimento Portland, importado de Hamburgo, Inglaterra.

Com a instalação da Estrada de Ferro Sorocabana (antes FEPASSA e hoje FERROBAN) surgiu as necessidades das paradas de trem na Fazenda Santo Antonio e eis que surge a construção do prédio da estação, e o pedreiro José Gabriotti, foi o construtor, e em 10 de julho de 1895, é aberto o tráfego recebendo o nome de Rodovalho em homenagem ao Cel. Antonio Proost Rodovalho. Nessa oportunidade foi nomeado o primeiro chefe da estação de Rodovalho e a indicação era de um homem quem tinha muito prestigio na estrada de ferro, foi o Sr. Avelino Rocha, dado a este o previlegio de ser o primeiro chefe da Estação Rodovalho, posteriormente transferindo-se para a localidade com seus familiares, vivendo por muitos anos, e residindo em Rodovalho como ficou denominado a localidade, colaborando para o progresso e crescimento da população que já se fazia sentir. Em 1900, concentrado o Sr. Luiz Boggiani a fabricação do cimento da indústria, e a firma passou a girar com o nome de Armando Rosa Rodovalho & Cia. O produto (cimento) era acondicionado em barricas forradas com papel impermeável. Na tampa da barrica era colocado um emblema onde estampava um peixe e os dizeres “Cimento Rodovalho”.

Em 1921, a fábrica fechou e Antonio Pereira Ignácio comprou o edifício com os seus pertences e os terrenos; e continuou a fabricar cimento, cuja produção abasteceu os nossos mercados durante a guerra européia.

Como a indústria do cimento dava bons resultados Pereira Ignácio, resolveu em 1935 construir uma grande fábrica de cimento no bairro Santa Helena em Votorantim e fixando o nome de “Cimento Votoran”e em 1936 foi o ano em que inaugurou a referida fábrica.

Começou a funcionar a nova fábrica de cimento de Pereira Ignácio, em Rodovalho, ficou somente, as pequenas industrias que já tinha no local tais como: Cal Hidráulica, Olarias, Extração de Pedras e a Exploração de lenha para acudir as imperiosas necessidades das empresas tendo merecido o carinho da Administração de Antonio Pereira Ignácio. Em 25 de setembro de 1946, com ordem da Administração da Estrada de Ferro Sorocabana, a estação de Rodovalho, foi mudada para Alumínio, pois a Sociedade Anônima Votorantim fundava, na localidade a fábrica de alumínio, e devido à esse fato, (exploração de minério da bauxita e alumínio), a estação e a localidade desde o ano que a usina iniciou suas atividade com o nome Companhia Brasileira de Alumínio, passou a chamar-se Alumínio, apesar que em fevereiro de 1952 a estação ferroviária por questões desconhecidas foi mudada de nome e em vez de “Alumínio” passou a ser: “Pereira Ignácio”, porém poucos meses depois voltou a atual denominação isto é: ALUMÍNIO.

DATAS:

27 de janeiro de 1838 – nascimento de Cel. Rodovalho;
06 de junho de 1888 – Cel. Rodovalho adquiriu estas terras;
10 de junho de 1895 – inauguração da estação ferroviária;
25 de setembro de 1946 – mudança do nome de Bairro Rodovalho para Alumínio.

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